domingo, 14 de fevereiro de 2010

Um pouco de realidade em excesso

Já me desculpo pela antítese no título. (sim, talvez nomeie todas as figuras de linguagem: eu me dou esse aval)O fato é que acabei de assistir "O casamento de Rachel". Trágico, complexo e bonito são apenas alguns dos adjetivos que consigo pensar no momento. E ,claro, muito real.Como uma amiga minha diz "Para ver realidade, eu fico em casa". Concordo muitas vezes. Mas não nesse caso.
Dessa vez, meus R$9,00 me proporcionaram mais que realidade, me proporcionaram um conforto de que estamos todos no mesmo barco, ou nesse caso, numa mesma casa, tentando conviver com nossos amigos, familiares, e o pior de tudo, com nós mesmos.A minha feliz supresa foi perceber que os diálogos do filme em muito se assemelham aos da minha família (minha segunda feliz supresa foi a fantástica performance da ex-princesa, Anne Hathaway). A sensação de que as palavras não eram ensaiadas, a falta de frases de efeito (porque, aceitemos que na vida real são pouquíssimas as frases de efeito cinematográfico), mas nem por isso menos emocionantes, deram uma nova dimenção ao filme.
Acredito que a intimidade entre parentes próximos é, ao mesmo tempo, o que salva e o que destrói. Salva porque eles são nossa fortaleza e destrói porque eles são um dos poucos com quem somos autênticos, para o bem e para o mal.
Talvez, porém pouco provável, só a minha casa seja disfuncional e eu esteja jogando palavras na tela. Só posso dizer por mim mesma, mas penso que o que nos aproxima, nos afasta. (novamente, uma antítese)Fecho essa viagem recomendando o filme àqueles que vivem no planeta terra e possuem mínima sensibilidade.

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