quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Haver

Se não fossem as vozes

E o vento soprando

Sobre a música alta

Talvez, nada houvesse



Sob o céu nublado

Acima do chão esburacado

Apertaram-se as mãos

E tudo houve



Sem estranhas vozes

Sob lençóis marcados

Haveria de ser

E foi


Sob palavras sopradas

Soando como música alta

Entre tantas mãos

É o que há


Sob qualquer vento

Acima de todo o céu

Essas mãos

Hão de ser, sempre