terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Extraodinário

Sofia saiu correndo de casa. Com seus tênis de corrida e seu IPod. Passou pelas três casas e virou à direita. Lembrou de desligar seus problemas e ligar uma música animada.

Sentiu o vento cortando suavemente seu corpo e quis gravar sensação, em alguns minutos o calor de seu corpo não a deixaria sentir o vento de forma tão completa.

Passou na frente da casa do Pedro. Seu namoradinho de adolescência. Um menino bonzinho. Ela sorriu. Tinha boas lembranças dessa época. Os namorados tinham boa convivência, mas nada extraordinário. Pois é, nada extraordinário. Por isso terminara com Pedro.

Sua mente divagou sobre suas preocupações após deixá-lo. Talvez devesse ter aceitado menos do que esperava. Afinal, ele nunca a tinha maltratado como outros namorados faziam com suas amigas.

Ah, suas amigas. Tanto sofreram por amor, enquanto Sofia sonhava ter um grande amor, como aqueles de filme. Um amor extraordinário. Riu da lembrança.

Ao cruzar a rua que a levaria de volta para casa, reparou numa velinha atravessando a rua lentamente. Imaginou-se como a velhinha, solitária e arrependida. Parou de correr e observou-a. No final da travessia, um velhinho sorridente apareceu e estendeu a mão. Ambos sorriram.

Sofia entrou correndo em casa. Ouviu a voz tão conhecida.

-Sofia? Amor, já voltou?

Voltou. Para seu amor extraordinário. 

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